sábado, 11 de janeiro de 2014

O ELEFANTE E A ESTACA

Quando eu era menino, adorava os circos, e o que mais gostava neles eram os animais. Para mim, e também para outros, como fiquei sabendo depois, era o elefante que chamava atenção. Durante o espetáculo, aquele animal enorme fazia uma demonstração de peso, tamanho e força ... mas depois de sua apresentação e até pouco antes de voltar ao picadeiro, o elefante ficava amarrado por uma das patas com uma corrente presa numa pequena estaca cravada no chão. A estaca era um minúsculo pedaço de madeira enterrado uns poucos centímetros no solo. E, embora a corrente fosse grossa e resistente, eu achava que era óbvio esse animal, capaz de arrancar uma árvore pela raiz com sua força, poder fugir facilmente, puxando a estaca do chão. O mistério é evidente: O que faz com que ele fique, então? Por que não foge? Quando tinha cinco ou seis anos, ainda confiava na sabedoria dos adultos. Perguntei, então, a algum professor, algum pai ou algum tio sobre o mistério do elefante. Um deles me explicou porque o elefante era amestrado. Então, fiz uma pergunta óbvia: - Se é amestrado, por que o acorrentam? Não me lembro de nenhuma resposta coerente. Com o tempo, esqueci o mistério do elefante e da estaca... e só me lembrava quando me encontrava com outros que também tinham a mesma dúvida. Há alguns anos conheci, felizmente, alguém que tinha sido sábio o bastante para encontrar uma resposta: O elefante do circo não foge porque sempre esteve preso a uma estaca parecida a essa desde que era muito, muito pequeno. Fechei os olhos e imaginei o recém-nascido à estaca. Tenho certeza de que naquele momento o elefantinho empurrou, puxou e suou, procurando soltar-se. E, apesar de tanto esforço, não conseguiu. A estaca certamente era muito forte para ele. Poderia jurar que ele dormiu, cansado, e que no dia seguinte tentou de novo, e também no dia seguinte, e no seguinte... Até que um dia, um terrível dia para a sua história, o animal aceitou sua impotência e resignou-se ao seu destino. Esse enorme e poderoso elefante que vemos no circo não escapa porque acha – coitado – que NÃO PODE. Ele tem o registro e a lembrança da sua impotência, daquela impotência que sentiu logo depois de nascer. E o pior de tudo é que nunca mais voltou a questionar seriamente esse registro. Jamais... jamais... tentou pôr sua força outra vez à prova. Todos somos um pouco como esse elefantinho do circo: vamos pelo mundo amarrados a muitas estacas que nos tiram a liberdade. Vivemos acreditando que “não podemos” um montão de coisas, simplesmente porque alguma vez, quando éramos criancinhas, provamos e não pudemos. Fizemos, então, o que o elefante fez: gravamos em nossa memória: NÃO POSSO... NÃO POSSO E NUNCA PODEREI. - Crescemos carregando essa mensagem que nos impusemos e nunca mais voltamos a tentar. No máximo, de vez em quando, sentimos os grilhões, fazemos soar as correntes ou olhamos para a estaca pelo canto do olho e confirmamos o estigma: NÃO POSSO E NUNCA PODEREI!!! A única maneira de saber se você agora pode é tentar novamente, pondo todo o seu coração... VOCÊ PODE TODAS AS COISAS NAQUELE QUE TE FORTALECE!!!! VC NÃO SABE A FORÇA QUE VC TEM!!

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