sábado, 19 de março de 2011

"O CÃO E O COELHO"





"Não julgueis pela aparência mas julgai segundo o reto juízo." João 7:24


Eram dois vizinhos.
O primeiro vizinho comprou um coelho para os filhos.
Os filhos do outro vizinho, pediram um bichinho de estimação para o pai.
O homem comprou um filhote de pastor alemão.
Conversa entre os dois vizinhos:
Mas ele vai comer o meu coelho!
De jeito nenhum. Imagina. O meu pastor é filhote. Vão crescer juntos, pegar amizade. Entendo de bicho. Não vai haver problemas.
E parece que o dono do cachorro tinha razão.
Juntos cresceram e amigos se tornaram.
Era normal ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa.
As crianças, felizes com a harmonia entre os dois animais.
Eis que o dono do coelho foi passar um final de semana na praia com a família e o coelho ficou sozinho.
Isso numa sexta-feira.
No domingo, de tardinha, o dono do cachorro e a família tomavam um lanche, quando entra o pastor alemão na cozinha.
Trazia o coelho entre os dentes, todo imundo, arrebentado, sujo de sangue e terra, morto.
Quase mataram o cachorro de tanto agredi-lo.
Dizia o homem:
O vizinho estava certo, e agora?
A primeira reação foi agredir o cachorro, escorraçar o animal, para ver se ele aprendia um mínimo de civilidade.
Só podia dar nisso! Mais algumas horas e os vizinhos iam chegar. - E agora? Todos se olhavam.
O cachorro, coitado, chorando lá fora, lambendo os seus ferimentos.
Já pensaram como vão ficar as crianças?
Não se sabe exatamente de quem foi a idéia, mas parecia infalível!
Vamos dar um banho no coelho, deixar ele bem limpinho, depois a gente seca com o secador e o colocamos na casinha no seu quintal.
Como o coelho não estava muito estraçalhado, assim o fizeram.
Até perfume colocaram no animalzinho.
Ficou lindo, parecia vivo, diziam as crianças.
E lá foi colocado, com as perninhas cruzadas, como convém a um coelho dormindo.
Logo depois ouvem os vizinhos chegarem.
Notam os gritos das crianças. Descobriram!
Não passaram-se cinco minutos e o dono do coelho veio bater à porta.
Branco, assustado.
Parecia que tinha visto um fantasma.

O que foi? Que cara é essa?
O coelho... o coelho...
O coelho o que? O que tem o coelho?
Morreu!
Morreu? Ainda hoje à tarde parecia tão bem.
Morreu na sexta-feira!
Na sexta?
Foi antes de a gente viajar, as crianças o enterraram no fundo do quintal!

A história termina aqui.
O que aconteceu depois não importa. Nem ninguém sabe.
Mas o grande personagem desta história é o cachorro.
Imagine o pobrezinho, desde sexta-feira, procurando em vão pelo seu amigo de infância.
Depois de muito farejar, descobre o corpo morto e enterrado.
O que faz ele?
Provavelmente com o coração partido, desenterra o amigo e vai mostrar para os seus donos, imaginando fazer ressucitá-lo.
O ser humano, continua julgando os outros pela aparência, mesmo que tenha que deixar esta aparência como melhor lhe convier.


Outra lição que podemos tirar dessa história, é que o ser humano tem a tendência de julgar antecipadamente os acontecimentos sem antes verificar o
que ocorreu realmente.
Quantas vezes tiramos conclusões erradas das situações e nos achamos donos da verdade?
Essa é para pensar bem nas atitudes que tomamos

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